A estrela que caiu do céu

Ela brilhava intensamente

Seu sorriso era radiante

Ela trazia em seu coração incandescente

A paz que todos buscam a todo instante

 

Sua voz era um bálsamo

Que penetrava à alma

A simplicidade lhe era amiga

E a sabedoria sua irmã

 

Ela cantava como os anjos

E ensinava como os mestres

Sua boca destilava o mel por seus cânticos

Não havia imperfeições nas palavras as quais crestes

 

Mas um vendaval varreu a terra

E passou por suas entranhas

Ela não resistiu aos ardores nem a guerra

E foi levada pela força do vento a qual foi tamanha

 

Caiu do céu à terra

E se apagou

Perdeu seu brilho intenso

E foi trabalhar pelo seu pão

 

Hoje ela é como qualquer mortal

O espírito a deixou

Confessou suas fraquezas, desvestiu sua moral

E agora conta só com o perdão lamentando pelo que falhou

 

Não contou com a força da potestade

Na rocha não se firmou

E se escorregou na lama da diversidade

E caiu no brejo, onde escorregou

 

Hoje só lhe restou as lembranças

Dos seus dias áureos

Não tem mais como voltar, nem mesmo a esperança

A estrela se apagou como os pétreos

 

Caiu do céu

Na maior viração do dia

Agora não brilha mais nem a si mesma, enrolou-se em véu

Perdeu todo seu resplendor, ficou sem alegria

 

Uma estrela caída em si mesma

Me lembra a morte do cisne

Que se debateu na sua agonia

Até que parou de se mexer, muito triste

 

O teu espírito diz

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