Os olhos que não enxergam
O coração que nada sente
Os pés que não andam
Prendeu-se em suas correntes
Um tempo que se foi
Rompido pela ignorância
Estrada que chegou ao fim
Não levou consigo a esperança
Aonde se encontra seu brilho?
Pelas suas próprias mãos se apagou
Perdeu o sentido da vida
Lançou-se nas mãos do opressor
Será que faltou-lhe sensibilidade ?
Ou foi falta de percepção?
Seu destino foi só descida
Perdeu-se da sua própria razão
Tudo poderia ser diferente
Você poderia colorir sua tela
Com os tons quentes da vida
Feito tons da aquarela
O sentimento seria outro
O brilho no olhar reluziria
Suas buscas seriam no eterno
E seu objetivo totalmente mudaria
O tempo se esvai como ampulheta
Não há como reverter
A mudança se faz necessária agora
Para sua alma não fenecer
Levante seu semblante
Sacuda de si todo o pó
Quebre as correntes que te prendem
Desate de si todos os nós
Por Ítalo Reis