Os atos são iguais, mas os pecados são diferentes, um é contra Deus e o outro é contra a lei de Moisés. A lascívia é contra Deus, o adultério é contra a lei de Moisés. A coabitação com o ímpio é contra Deus, a coabitação com um homem casado, mas sendo da comunidade de Israel é contra a lei de Moisés. Vamos pegar um caso que levaram para Jesus julgar; pegaram Maria Madalena, que era uma prostituta e que coabitou com um homem casado da comunidade de Israel, e disseram a Jesus: esta mulher foi pega coabitando com um homem casado, e pela lei de Moisés ela deve ser apedrejada. Tu, porém, o que dizes? Jesus respondeu: aqueles dentre vós que não estejam em pecado, que seja o primeiro a atirar pedra contra ela. Dentro desse exposto, entendemos que o pecado não tem tamanho e nem qualidade, mas pecado é pecado, e vendo cada um o que fazer contra a lei de Moisés todos caíram fora, e só ficou a mulher. Jesus se levantou e disse: mulher, cadê aqueles teus acusadores, ninguém te condenou? Ela disse: não senhor. Jesus respondeu: nem eu te condeno, vais e não peques mais.
Nesta história tem dois pontos importantíssimos, o primeiro é que por não ser condenada por ninguém, Maria Madalena podia ter caído fora e continuar se prostituindo, mas ela ficou firme diante de Jesus esperando seu julgamento, porque sabia que ele era o único que poderia atirar pedra contra ela, mas Jesus não fez isto, mas disse apenas: vais e não peques mais. O segundo ponto importantíssimo é que Maria Madalena não era lasciva, mas parou de prostituir e passou a seguir a Jesus, e nunca mais se fala que Maria tornou a pecar contra a lei de Moisés, mas passou a ser uma mulher fiel a Deus, e a ela mesma, pois Jesus viu que ela não pecara contra Deus, porque ela não era lasciva e nem coabitava com homens que não eram da comunidade de Israel. Mesmo assim, ela deixou de fazer quando ouviu o julgamento de Jesus, vais e não peques mais. Mas digamos que Maria Madalena continuasse pecando, por certo, ela não chegaria mais perto de Jesus, porque ele havia a aconselhado a não fazer mais isto, e como ela chegaria diante de Jesus por uma segunda vez cometendo o mesmo erro? Daí Jesus ia confirmar que ela era mesmo uma vagabunda, e não a queria mais ao lado dele. Não tem como nós, que andamos pelo espírito, convivermos com uma vagabunda, agora se ela quiser se prostituir, vai para bem longe de mim.
Por O teu espírito diz