Quando você se dedica muito à alguma coisa e não vê resultado da sua obra, a sua alma fica abatida, cansada, parece até que todo o seu esforço foi em vão, desnecessário, não pintou nenhum fruto do que você esperava. Bate um desânimo na alma, chega dar um calafrio, vontade de ficar quietinho, isolado, dar tempo ao tempo, para ver se muda os ares, mas você sabe que não vai mudar, só dá um tempo para repôr as energias, carregar as baterias, um novo ânimo para continuar na mesma luta, enfrentar o desentendimento das consciências que é muito grande. Os muros da ignorância são altos, as consciências são como pedras brutas e a força da potestade atua muito forte e elas não enxergam. Quer resolver os problemas na força e não na inteligência, acha que tudo tem que correr a seu favor e não vê o lado de ninguém, se já era uma pedra bruta, agora uma pedra estúpida. E eu aqui como um dia ouvi de uma criança: estou com o guache, pincel na mão, pronto para colorir a vida, tirar desses ombros o fardo pesado, mas não me enxergam, não me compreendem. Eu quero plantar a paz nos corações, tirá-los das opressões, mas eu vejo as consciências se debatendo como na dança do cisne, se debatem até a morte, até o último suspiro e ainda caem em seus vazios eterno, sem que encontre uma razão para isso, mas todas as respostas, estão dentro de todas as consciências, a chave que as tiraria desse cárcere mental e toda cura desse mal está na mão de todos, sem excessão. O Criador-Deus montou todo o seu propósito dentro de cada um de nós, não precisamos inventar nada e nem sair do lugar, só entender e praticar que galgaremos a terceira e definitiva fase da vida, que é a fase espiritual. Trata-se de um processo, um caminho e ele é interno, não tem como ninguém fazer por ninguém, tudo está nas mãos de cada consciência para realizar, basta querer praticar e só a prática desse propósito é que mudaria o quadro triste e desanimador que vejo. O só passar pela porta estreita, que é a porta do entendimento já é praticamente impossível, andar pelo caminho da vida então, que é a prática, é uma em bilhões, como se diz.
Somando nossas luzes