Todas as consciências têm seus demônios dentro delas e constantemente elas procuram matá-los, mas demônios não morrem, e vira e mexe, eles estão lá dentro das consciências perturbando-as. As consciências os conhecem muito bem, e tenta matá-los de todo o jeito, mas eles não morrem. Trata-se de uma luta constante e eles não a deixa, como uma canção que diz: a luta da alma. Até Paulo viu estes demônios e disse: segundo o homem interior, eu tenho prazer na lei de Deus, mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento me prendendo debaixo do pecado, porque aquilo que quero fazer, não faço, mas aquilo que não quero fazer, este faço, e se eu faço o que não quero, consinto com a lei que é boa, e ele termina dizendo: miserável homem que sou, quem me livrará do corpo dessa morte? Por mais que a consciência quer deixar aquilo, aquilo não se afasta dela, eu sei que não tem como matar, mas tem, se a consciência for forte, como dominar. É como se diz do espírito, domínio próprio, a consciência sozinha não consegue, mas se ela se fortificar no espírito, ela domina, mas o ruim é que as consciências se entregam aos desejos carnais, elas não conseguem ter este domínio carnal, e não se importam de passar ridículo.
Não querem nem falar sobre eles, porque tem vergonha de seus atos, e tem um certo receio de enfrentá-los, mas está lá dentro perturbando-as. Como aniquilar um inimigo se você tem medo de enfrentá-lo? Quando somos jovens, ainda tem desculpas de sermos frenéticos, mas depois de velho é muito vergonhoso termos atitudes de adolescente, fica uma coisa ridícula, fora de tempo, fora de compasso. Não é possível que depois de velho ainda não aprendemos o que é liberdade, como prendermos alguém por sentimentos ridículos, se não se soltou até hoje, vai morrer na masmorra, pior é que depois da morte cairá no vazio eterno sem volta. “Libertas quae sera tamen”, frase da bandeira do estado de Minas Gerais.
Todos os dias eu falo que estamos neste mundo por um propósito, é neste propósito que devemos nos prender, pois este propósito realizado em nossas consciências nos resultará na vida eterna do espírito lá no plano do céu. É tolice se prender em pessoas ou em coisas desse mundo, pois quando morrermos não levaremos nada daqui. A consciência deve estar livre para realizar o propósito de Deus nela, pois se estiver presa a alguma coisa deste mundo, não herda a vida eterna do espírito. Não é possível que depois de a consciência chegar ao pleno conhecimento do propósito da vida, ainda se prende em coisas tão banais que a tire da vida eterna do espírito, é no espírito que a consciência deve se prender e não em pessoas que vão morrer. Será que o conhecimento do propósito da vida não liberta a consciência para realizar a razão dela?
Por O teu espírito diz