Liberdade para quem é de liberdade!

Tolice é querer ter e quando tem não são asas, porque tudo o que se deseja abaixo do sol é vaidade e não te coloca em alto monte, lugar onde a visão se amplia, consegue enxergar mais longe. A liberdade se confunde quando não compreendida, porquê de que adianta querer ser livre e se prender a tão pequenas coisas, porque aqui neste lugar ínfimo tudo é pequeno e tudo te prende a ele. A sabedoria forma os tecidos das asas do erudito que tem prazer em repousar com a paz, onde dormem de conchinha feito criança no ventre. Por ela se vê todo o caminho trilhado, o qual é traçado por suas estradas celestes internas. Te leva ao altar de Deus, te faz reverenciar a sensibilidade. É como deitar em um campo da cor da esperança ouvindo o som da cachoeira que profere às águas celestes ao som dos bem-te-vis e sentir o quão perto você está do natural, de tudo o que te provoca sossego.

A liberdade acaricia, afaga, muda o clima, já a libertinagem te traz dolo, choro em coro, onde não há consolo. A verdade carrega em suas mãos a liberdade, mas ver-se de fato acarreta tristeza e isto faz fugir-se de si mesmo, mas não há outro caminho que o faça encontrar-se consigo trazendo-lhe imunidade contra a morte. Buscar somente a sensação de ser livre não nos torna livres, mas nos traz à boca o gosto de voar às alturas. A verdade é um caminho sem volta para o apreciador da liberdade, por ela se vê de verdade e alcança força para se desprender dos grilhões que insistem em prender nossos pés. A permissão de que eles permaneçam entrelaçados ao nosso calcanhar é concedida por nós mesmos, mas temos o poder de despedi-los quando abraçarmos a sabedoria e fizermos dela nossa irmã.

Liberdade para quem é de liberdade!

 

Por Patrícia Campos

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