Assim como as águas buscam seus caminhos, as aves os seus ninhos e as raposas os seus covis, as consciências também deveriam buscar a vida, seria um percurso natural, uma vez que a própria consciência sabe que o fim do caminho da carne é a morte. É o percurso natural e seria o esperado, afinal por mais que o percurso de um rio seja modificado, por causas naturais ou humanas, ele sempre vai de encontro ao mar, concluindo o caminho traçado. Ao contrário do humano que cada vez mais afasta seus passos para longe do caminho traçado para ele. Por que? Essa é uma pergunta sem resposta definida, afinal o que se tem por respostas são várias alternativas e possibilidades assertivas acerca de tal indagação. O que podemos afirmar verazmente é que a morte já não causa tantos temores, embora ainda seja possível ver o medo, mas também junto a ele é possível ver que o engano produz nas consciências a certeza de uma redenção a qualquer preço.
A princípio, quando descobri o propósito da vida, eu julgava que era só falar que todos entenderiam, pois, pelo motivo de a consciência ser produzida recentemente neste mundo, ela era pura, sem entendimento de nada, embora, por hereditariedade, os pais deveriam passar aos filhos este conhecimento, mas vejo que a questão não é esta e sim o desinteresse das consciências pela vida eterna. Como receber águas limpas de cisternas rotas? Os pais sucumbiram ao engano e o que ensinam e perpetuam são justamente as tradições enraizadas através do ciclo em que estão inseridos desde sempre. O interesse é oriundo do querer, por isso como é possível despertarem para a razão de suas vidas, se não querem quebrar tal ciclo?
Mas eu quebrei, desconfiei do raciocínio ilógico e trilhei pela coerência do entendimento a verdade absoluta e fui descartando o absurdo do raciocínio e apareceu a verdade do aforismo, a verdade de que não tem como não ser. E quando ela chega, no momento que se aloja na consciência é algo indescritível, um sentimento crescente e muito prazeroso, uma sensação enorme de liberdade, de conhecimento, de essência. Nada se contrapõe a ela, pois é absoluta, inegável! Explode no peito então a urgência em falar, contar, mostrar o caminho das pedras a todos quantos quiserem ouvir. Mas onde estão? Onde estão aqueles que querem chegar a este orgasmo mental, a esta loucura transcendental, a este paradigma radical?
Onde estão os mestres da existência, os cânones sagrados da esperança, as ovelhas perdidas de seus pastores divinos? As almas se perderam nas trevas da ignorância, entraram por becos escuros do engano e as estrelas caíram do céu como profetizado para estes finais dos tempos. E nós, quem somos nós que testificamos os gritos finais dos ais? Somos a CONSCIÊNCIA! Somos aqueles de quem há muito tempo se profetizou, “pastores que falam com ciência e inteligência”, e embora os viventes pensantes continuam a não dar crédito a verdade de Deus, o braço do Senhor continua estendido a todos!
Somando nossas luzes
Zeca e Loir