O encontro para definir sua eternidade

Quem se habilita a tal feito, procurar seu próprio sujeito, rever seus conceitos, mudar seus trejeitos? Não é tão simples resilir o muro que por longo tempo levantou em si mesmo, nem mesmo o desejo de que tudo venha ao chão faz com que isto aconteça de forma tão fácil, porque a força imperiosa que quer te derrubar persiste junto ao teu orgulho para que você não vença sobre si mesmo, sobre o que te põe fim.

Mas teus olhos devem permanecer como atalaias vigilantes, e teu coração deve procurar cada ruído que o possa destruir e antes que ele seja ruído, partido ao meio, deve ruir tudo aquilo que queira o fazer parar de lutar a bater, no sentido figurado, porque é ele quem deve bater e bater, até que consiga fazer parar os ruídos internos que o atormentam.

Logo ali à frente baterás de frente com a eternidade, e ela é crua, porém, a alma não deve ser achada nua, então saia à rua dentro desta tua estrada interna, seja o grito da liberdade que reverbera mesmo no teu silêncio.

É importante afluênciar-se do que é eterno, se ver de verdade pela verdade, ter prazer em estar consigo, porque àquele que este não o têm, corre perigo. Ser eterno não na força da expressão, mas transpassar a própria limitação, ir além dentro de si, se descobrir e desconstruir tudo aquilo que não é, porque quem é alguma coisa naquilo que é atroz? Mesmo parecendo um oásis na miragem, quem o torna real é a própria consciência que não desiste de ser. Chegará a hora em que terás este encontro o qual lhe definirá na eternidade, e é preciso querer para ser, e mais ainda Ser para permanecer, eternamente com vida, porque não é assim que tamanha complexidade se finda, e depende de cada consciência dar o início para uma eternidade sem que seja ao meio partida, ficando vazia sem sua simétrica.

 

Por Patrícia Campos

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