Um dia espero acordar e tudo isso ser um sonho estranho, um pequeno sonho diante uma vida. Um dia espero abrir os olhos, bocejar e perceber, que tudo passou, e não há mais nada para perder, realmente espero, que meu nome se eternize, que minhas lágrimas só escorram de felicidade e que o mal que causa o mundo esteja no esquecimento de meu coração. Tudo está ruindo e se perdendo nas confusões, envelhecendo com o passar dos dias, tudo está caindo e rugindo como os trovões, se perdendo e se esquecendo da sabedoria. Este sonho conta a história das transgressões, um pesadelo que se perdera nas ilusões, este sonho conta muitas histórias, e todas elas fazem parte da triste realidade dos corações. A vida já não sabe o que falar, veio buscar sua amada, mas ela não quis se entregar, como podem escolher um fim que não sabem onde vai dar? O tempo ruiu com os ponteiros que não puderam contar. Deus se enfureceu com essas fantasias que todos se apropriaram, ouviu seus sonhos e se enojou, como pode ser assim? Reses para o matadouro, um caminho sem fim, caem do precipício e não encontram chão, engordou o coração, cegou seus olhos, sonham e sonham e não encontram a paz, porque onde a procuram não está, a sapiência e a calmaria não se encontram na fornalha, a brisa e a maré que as abrigam, todos plantam a tristeza e esperam colher alegria, mas como encontrar a verdade na mentira? E volto ao início, a dor inicial, e digo que um dia realmente espero acordar, e notar que tudo já se passou, não passa de um sonho estranho que se findou, mas até que esse dia não chegue, eu sonho com ele.
Por Luiza Campos