Compreender a razão

A verdade só liberta a consciência de todos os enganos quando a própria consciência realmente quiser sair deles, pode parecer até esquisito de falar, mas a consciência que naturalmente os seres humanos produzem é que dá sentido a todas as coisas, ela é o fruto proibido que muitos confundem com a maçã, por isso enquanto a consciência não se destacar como tal, ela sempre ficará presa nas coisas terrenas pelo sentimento. O vínculo afetivo é um elo muito forte que faz parte da corrente que prende uma consciência e que a impede de ser liberta, mesmo querendo se libertar, pois ao se deparar com a verdade do porquê está neste mundo, fica por um momento contente, mas parece que ao mesmo tempo cria uma barreira enorme com muitos empecilhos para se lamentar, e a afetividade pelas pessoas e coisas sobem no pódio do coração em primeiro lugar ao invés da compreensão a razão, pois vai contra os seus interesses, e se a própria consciência não passar a compreender que os sentimentos a sufocam e a tiram do caminho da vida, nunca chegará na conclusão final.

Por isso cada um deve enxergar as coisas e ver por certo o que quer para si, e definir o ponto de partida e lutar pelo o que almeja, e em se tratando do propósito de Deus é de igual modo, para andarmos dentro dele temos todo um caminho a trilhar e só passamos por ele compreendendo cada estágio, pois a lei tem que ser seguida à risca até não precisarmos mais dela, assim andando naturalmente pelo novo ser, o espiritual. Parece esquisito, mas isto é a realidade do porque estamos nesse mundo, e conforme vamos passando por ele vamos tendo a real noção do que é, pois temos que nos despir da velha identidade, a carnal, para que o novo, o Espírito, venha florescer pelas nossas consciências. Nada acontece do dia para a noite, mas este processo é evolutivo e não retroativo, ele deve seguir adiante até sua conclusão final, mas não se faz nada parado, mas devemos fazer acontecer, porque tudo está em nossas mãos para reverter qualquer situação e fazer valer a pena. Quem cria a própria prisão e cumpre a pena é a consciência, por se emaranhar de sentimentos que prendem seus pés, e por outro lado ela tem o poder de eliminar tudo isto também, basta compreender que não precisa tê-los dentro de si mesma, porque é nisso que mora o perigo que enclausura a alma.

 

Somando as luzes

Lauro e Ítalo