Vergonha: “sensação dolorosa que surge da consciência de algo desonroso, impróprio, ridículo, etc., feito por si mesmo ou por outrem; timidez, recato, decoro, opróbrio. A vergonha aparece em diversas situações e intensidades, desde um rubor de pudor na face, bem como na manifestação de um sentimento profundo e doloroso, causando sofrimento intenso.” Analisando as consciências, podemos perceber claramente diante seus atos, que em sua quase totalidade, procuram sempre eximir-se da culpa, colocando-se em um lugar onde a vergonha não as alcança mais. Diante do propósito de seu Criador, o qual as mesmas desconhecem, foram e continuam sendo alimentadas pela crença de que o perdão divino supera os atos desonrosos, sendo assim não há brio frente ao Senhor e tão pouco ao que foi destinada à cumprir. Em minha trajetória, também me vi por anos normalizando meus atos errôneos, sentia culpa em diversas situações em minha vivência, mas não vergonha. De alma pesada, me sentia exercendo o que chamava de liberdade, para satisfazer meus desejos escusos. Em um dado momento, quando me foi apresentado o espírito de Deus, a vergonha cobriu minha face, desnudou minh’alma, e pude ver minhas chagas, minhas rugas. Então, fiquei cá imaginando como descreveria o sentimento ocasionado pela vergonha em minh’ alma! Cheguei a conclusão que, para mim é um asco insuportável, um desespero, uma dor lancinante, latente, latejante, decorrente da autopercepção de meus erros, um encontro profundo com a culpa. Afinal, vergonha e culpa são sentimentos intimamente ligados, sendo a vergonha mais profunda do que a culpa, pois insta a necessidade de mudança. Me achei como muitos, sem dignidade alguma perante o senhor de minha vida, motivo de vergonha e dor, fazendo jus a palavra que diz: “Seus filhos tem agido corruptamente para com ele, e não como filhos, que vergonha…” Hoje, procuro a redenção em lugar da condenação, a honra em lugar da desonra, o mérito em lugar da vergonha, para que minh’alma seja para Ele motivo de prazer!
Por Lo Xavier
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