Eu percorro pelas estradas
Pelas ruas e avenidas
Não vejo nenhuma alma
Querendo curar suas feridas
Se perderam entre os becos
Obscuros desta vida
A vida passa como o vento
E ninguém enxerga a saída
Silenciaram a verdade
E cultuaram a mentira
A sabedoria ficou jogada
E a soberba cegou as vistas
A inversão de valores
Mudou toda trajetória
O que era verdade única
Se tornou como a escória
O que é belo tornou-se invisível
Aparências carnais estão no pedestal
Os enganos são plausíveis
E o lume parece banal
As almas gritam suas dores
Emaranhados de frustrações
Aos céus ecoam seus clamores
Lamentável estado dos corações
Mas a vida pulsa no âmago
Tentando chamar atenção
Elevar a consciência a outro plano
Mostrar a vereda da razão
A cada amanhecer nasce uma esperança
Porta aberta à transformação
Oportunidade da verdadeira mudança
Terra fértil do coração
Somando nossas luzes
Por Ítalo e Michele