Frio o peito daquele que se acolhe na escuridão, preso e adormecido pelos devaneios de sua imaginação, corre contra a luz e vive apreciando o luar das noites vazias, medo sente, mas se esquece por se preencher do nada, conheceu o mundo e se afundou nele mesmo, sem conseguir sair fez de seu buraco morada, ações que o levaram ao fim do poço, mas percepção não tem para enxergar tal alvoroço, do fundo pensa e pensa, pois nada mais lhe resta além de pensar, já que da escuridão não consegue mais escapar, lembrança vem e memórias surgem de seu subconsciente, viveu, viveu buscando ser alguém, correu, correu em busca do conhecimento, cresceu e todos o viam, mas seu foco sempre foi em seu altar, será que está grande o suficiente para todos notarem? E assim continuou, procriou, mas não conheceu sua criação, trabalhou e isso fez muito, ganhou tudo que era possível ganhar em troca do dinheiro, se viveu feliz ninguém sabe, pois suas emoções ninguém conhecia, continuou se recordando, passou por dificuldades em sua saúde, mas a grana lhe deu mais um tempo, continuou seus trabalhos e assim foi lembrando, morreu e por todos foi lembrado como uma máquina de trabalho, sem tempo e sem diálogo, uma vida normal, mas ao analisar seus detalhes é possível ver o que o levou ao fundo do poço, e já adianto que não foi a falta de amor pela família ou tempo para seus filhos e sim a falta do espírito de Deus em sua vida, seu tropeço foi a busca incansável pela carne, a persistência pela vaidade e ganância, a ligação pelo trabalho, ações que são abomináveis contra Deus, nada a favor da vida, demorou uma vida inteira para ter tempo de analisar suas ações e encontrar seus erros e acertos, procurar a razão por sua existência, mas não é disso que foi atrás, deixou para pensar sobre só quando era tarde demais. Há o caminho para o bem e o caminho para mal, basta raciocinar para andar pelo caminho certo, somente assim a consciência não cairá no fundo poço, então comece a analisar suas ações para separar seus erros e começar a conserta-los, pois nunca se sabe qual será seu último respirar.

Por Luiz Gustavo

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