Foi no Egito que começou a história da maquiagem, isso no intuito de realçar o aspecto dos mais nobres e faraós, para sempre se apresentarem com uma boa feição saudável a todos, mas foi com a ideia de melhorar a aparência dos mortos, que a maquiagem também ganhou o seu lugar, até nos dias de hoje, sua origem veio da necromaquiagem, que era para reforçar a aparência dos mortos no dia do seu funeral, proporcionando um aspecto menos pálido comum após a morte, e essa prática é exercida por profissionais, para que os entes queridos vejam o falecido de uma forma que ele seja mais familiar e reconfortante, pois afinal, a imagem do morto é o que ficará na memória, mas ausente da consciência que caiu na sua eternidade e do espírito que dava a vida e voltou ao seu todo, pois esses não serão nem mencionados ao longo de cada história. As almas se encontram nuas, pois se maquiam com uma existência que parece ter luz, mas essa luz não é a sua, essa maquiagem é um disfarce para quem foge da naturalidade de enxergar a vida acompanhada com a verdade, pois a existência verdadeira da consciência é o espírito, e fora disso só restará o breu por toda eternidade, hoje é o dia de nos apresentarmos de cara limpa diante do senhor da vida e deixar nossas almas serem preparadas e adornadas com os pendentes que descem do céu, para que assim possamos cooperar com sabedoria, em apresentar o espírito a cada consciência com a face também limpa.

Por Lauro Balbino

Tema sugerido por Maria Lucia