Para quem só se deparava com a morte, o encontro com a vida foi uma coisa surpreendente, a sensação foi bem semelhante a dos dois jovens no caminho de Emaús, que encontraram aquele de quem dizia a lei, pois a lei não falava de Jesus e sim do espírito que já nos dá a vida hoje, a princípio eu não a conhecia e também não sabia de onde ela vinha e para onde ia e nem o que estava fazendo passando por aqui, fomos então trocando umas ideias para chegarmos em uma só compreensão, confesso que as minhas eram moldadas pelas informações desta era, contrário de tudo que a vida mencionou, pois ela estava me mostrando desde o início seu caminho e sua ação, que deu origem ao céus e a Terra e ao Homem como principal criação. Salientou que dentro de seu caminho tudo é orquestrado por leis e princípio, e que fora disso nada tem sentido e valor, me disse também que nesse caminho precisamos ser mais que conhecidos, pois é necessário nos cativarmos, nos tornando familiares, estabelecendo sinceras relações, para não cair no esquecimento e por fim ficarmos apenas com as informações de que um dia fomos apresentados verdadeiramente ao espírito que nos faz enxergar por sua característica inconfundível, que é a ação da vida, pelo qual quem a encontra dentro de si, encontra também a saída deste mundo.
Por Lauro Balbino
Tema sugerido por Rozivane