Para que tanto ódio e raiva? Esses sentimentos deixam mal o coração, amargo, infeliz. Para que guardar uma coisa que já passou? Isso é como um micróbio que fica corroendo lá dentro tirando o pouco de paz que ainda tem, como aqueles bichinhos de goiaba que comem toda massa deixando apenas caroços e no caso da consciência com esses sentimentos ruins ela fica louca, nem sabe o que diz, perde a sanidade, pois o mal se apoderou do coração, por isso se fala tanto do sentimento do amor, pois se não há este sentimento, não há compreensão, e o amor e o ódio não podem ocupar o mesmo espaço, como se diz também do espírito e da carne, que enquanto o primeiro tabernáculo que é a carne, estiver de pé dentro da consciência, o segundo, que é o espírito, não se estabelece dentro dela, um tem que morrer para o outro tomar posse, o ódio que é um sentimento carnal tem que sair fora para dar lugar aos ramos do amor, assim como é sabido, que a carne e seus frutos precisam ser lançados ao fogo, para que o espírito com seus frutos divinos cresçam na consciência e se espalhem no campo, mas isso é muito mais profundo do que somente falar, mas quando lhe passam o sentimento é preciso falar, pois é Deus quem está a falar e sente uma vontade imensa de escrever, como se Deus falasse assim, vamos, escreva o que coloquei no seu coração e assim fiz, escrevi pelo espírito de Deus e nós precisamos ouvir, pois imagine Jesus passando pelo caminho do gólgota com o povo o matando, dando vinagre para beber, sendo açoitado, xingado, como será que estava naquele momento? Será que estava sentindo ódio daquelas pessoas que estavam derramando o seu sangue? Não! Porque ele compreendia que aquelas pessoas não tinham o mesmo entendimento e sentimento que ele, tanto é que disse: Pai, perdoa estes, pois não sabem o que fazem, o verdadeiro amor é profundo, é um sentimento separado deste mundo, das intrigas, das murmurações, é um sentimento elevado, acima do mar, das estrelas, do infinito, o sentimento é de Deus, por isso se diz que o amor é o sentimento mais puro da compreensão.
Por Maria Lucia