As semelhanças transparecem nas almas, unidas pela eternidade, a alegria se irradia pelo corpo como uma unidade, um ser com várias entidades. Não é mais carmim que circula por suas veias, mas a própria vida brilha infinito por seu caminho azul, imensurável, indescritível, inimaginável, mas alcançável, é tão nosso que chega ser inacreditável. Erro é jogar tudo ao chão, espatifar o inteiro deixando-o aos pedaços, aos cacos, como um vidro quebrado, e se há conserto não sabemos, mas nunca mais será o mesmo. Não era para ser assim, era para ser como a casa da eternidade, apenas uma cabeça, e cada indivíduo unido para um bem maior, irmãos não de carne, mas de almas, de espírito, irmãos de vida, de histórias compartilhadas, memórias unificadas, pois dividem o peso da guerra e da espada. Por mais que o caminho seja individual, no fim, todos que andaram pelo espírito serão um, um só corpo, por isso que hoje podemos nos dar as mãos, pois o caminho da vida é assim, assim como nos desliga de tudo o que passa, nos unifica aquilo que será eterno. Filhos do mesmo Pai, andando juntos a terra prometida, a herança nos deixada, nossas próprias almas, puras, um campo de manifestação, abrigando o anjo alado, e assim se fazem sangue do mesmo sangue, eternos, vivos, pois gestaram o Cristo e agora se juntarão com o corpo infinito.
Por Luiza
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