Um refúgio ou uma prisão? A fuga é a ação ou recurso para subtrair-se a uma dificuldade, a um dever, às relações, obrigações, etc. Muitos usam como escapatória o alcoolismo, as drogas, pornografia, jogatinas e diversas distrações excessivas e ilícitas, como fuga contra os infortúnios e devaneios, ao invés de enfrentar a realidade. Sim, é uma forma de escapar da realidade, mesmo que temporariamente, e pode se manifestar de diversas maneiras, além do que já foi citado, pois a fuga ocorre primeiramente do lado de dentro, onde está a consciência, quando nos sentimos sobrecarregados, estressados ou desconfortáveis com nossas emoções, pensamentos ou situações. Embora a fuga possa até proporcionar um alívio temporário, ela não passará de uma ilusão que faz perder a chance de mudar o coração. Na verdade, a fuga se torna uma prisão para a própria consciência que não se enfrenta de verdade, perdendo assim cada vez mais a oportunidade de se encontrar com a razão de estarmos aqui, pois entramos neste mundo apenas por um propósito, e certo é que a qualquer momento podemos sair dele, e se não realizarmos esse propósito dentro do tempo que nos foi dado, a fuga que veremos será a do espírito, por causa da consciência tê-lo ignorado. Hoje é que devemos rever os nossos conceitos e nos aprumarmos pela verdade e lealdade ao espírito que Deus nos assentou, não teremos outro momento para fazer isso, se não for agora, pois a cada instante que passa, não volta mais, pois não tem como escrever a mesma história.
Por Lauro Balbino



