Aquietar-se

O amargor da alma transparece seus dissabores, não adianta nos enganarmos, não adianta fingir o que não é se o fel escorre por seus olhos, o que espera de si mesmo? Saudade bate, vontade grita, dúvida invade, verdade se abriga, desejo arde, pureza esfria, consciência decide, quem fica? Liberdade ou corrente? Uma luta interna, uma guerra pela consciência, então aquiete-se e atente-se, pois o silêncio nos ensina quando ouvimos a nós mesmos, quando silenciamos as vozes externas, e realmente nos voltamos para dentro e nos compreendemos, quando entendemos que estamos dentro de um propósito e que este propósito não é nosso, mas sim de quem nos criou, tudo se torna claro aos nossos olhos pela exata compreensão, pois o mundo não supre as consciências, os desejos carnais só trazem angústia, é no espírito de Deus que encontramos a paz verdadeira, por isso não se engane, busque se eternizar com a vida, essa carne é só ilusão e uma hora findará, até quando correrá atrás do nada?

Percebi, depois de uma certa idade, que a gente não responde mais a certos estímulos, não porque não os sentimos, mas porque não faz mais sentido, correr tanto pra que se o dia acaba ao anoitecer? É certo, as bagagens desta vida não atravessam a fronteira, antes, é preciso se tornar alma para com o espírito nos tornarmos totalmente plenos, apenas com o espírito nos eternizamos com vida, apenas com ele encontramos nossa paz e aprendemos sobre a verdadeira compreensão, aprendemos a amar, pois o verdadeiro amor é profundo, é um sentimento separado deste mundo, das intrigas, das murmurações, é um sentimento elevado, acima do mar, das estrelas, do infinito, o sentimento é de Deus, por isso se diz: o sentimento mais puro da compreensão. Ao lado da vida aprendemos, é só nos atentarmos, pois esta carne um dia cai, e o que sobrará?

 

Por todos os irmãos

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