O libertino vestiu-se de asas brancas, fingiu ser criança e começou a se empoleirar, galhos finos e galhos grossos, estava em uma árvore que em algum momento não iria mais aguentar, cederia, cederia por seu peso não ser leve, por haver tanto fardo em sua alma vazia. Pintava sua história com cores frias, fazia arte e não sabia que o tempo um dia acabaria, e apenas só se veria, uma pena que essa cena é tão comum, libertinagem com a tez pura, convidando o mundo a se arriscar, mas suas aventuras usam máscaras que em algum momento irão se mostrar, ninguém sabe o dia ou a hora, porém se deixar nas mãos do tempo, pode ser que acabem suas chances de poder, verdadeiramente, se libertar. Fazer o que quer pode ser um tiro no pé, pois tudo me é lícito, mas nem tudo me convém, prender-se ao mal também é uma escolha, mas escolherá isso para si? Anda rumo ao precipício, até cair, sua força em algum momento virá a ruir, e neste momento suas brincadeiras falhas serão sua perdição, pois sorrisos nem sempre significam libertação, os loucos também sorriem, os tristes principalmente, então não ache que um momento de euforia seja o sinônimo de liberdade, pois às vezes são as correntes tilintando o som dos covardes. O lobo veste-se de ovelha, e todo mundo o conhece, fecham os olhos para cena e se esquecem, até o fim chegar e a verdade nascer, destruindo a fantasia que por tanto tempo quis ser, pobre e solitário libertino, achou ser passarinho, mas morreu, sem nem ao menos, conseguir viver.
Por Luiza
Tema Jeane


