Agora é tarde

O tempo se passou

Não tem como voltar

Depressa a ampulheta corre

E sua areia se esgotará

 

Os ponteiros rodopiam

E quem os viu passarem?

Ninguém se atentou à lei da vida

E nem ouviu seu chamado clamar

 

Cadê toda aquela correria?

Onde ela foi parar

Não serviu de nada isto

E parado ficou no lugar

 

Seus pés afundaram na lama

E você nem percebeu

Será que lhe faltou sensibilidade

Ou discernimento para compreender?

 

Este tempo é atroz

E logo se findará

Quem não mudar seu sujeito

Por toda eternidade sofrerá

 

O dano da segunda morte

É a consequência do réu

Que não cumpriu com a lei

E nem fez o seu real papel

 

Por isto que é necessário

Se analisar pela razão

Enxergar todos os pontos

Para entender todas questões

 

Pois a lei é automática

Não que ela seja cruel

Mas depende de cada um

Enxergar e cumprir com seu papel

 

Porque imagina ser tarde

Para você ultrapassar o portal?

Será triste sua sina

E sentirá uma dor colossal

 

Por Ítalo Reis

 

Tema sugerido pela Luiza Campos