É para frente que se anda

Quando falamos do caminho da vida não há passo atrás, olhou para trás vira estátua de sal, como a mulher de Ló. Um passado fatal, com um olhar de despedida, um momento de hesitação, ela estava caminhando a passos lentos, pesados, deixando atrás o que havia amado tanto, um lugar com seus vícios e pecados, a voz de Deus clamava para seguir em frente, mas ela olhou para trás, com um olhar já de saudade e viu tudo que ia perder, um passado tão presente na tua alma. Viu as pessoas que havia amado e pesou o seu coração, parece que não havia previsto isto, então ela se tornou em uma estátua de sal, imóvel, silenciosa, não abriu mais a sua boca, perdeu a emoção pela vida eterna, se tornou em um símbolo da nostalgia, da saudade do passado, não se atentou em deixar o passado para trás, mas carregou o tempo todo em seu coração.

A estátua de sal também é um símbolo de dor, de erro cometido, de transgressão, de comer o próprio vômito, como Pedro disse. Um erro irreparável, um amor que não pode mais ser recuperado, é como jogar a toalha dentro de uma luta. A mulher de Ló se tornou num símbolo de desistência do caminho da vida, como quem diz: as paixões do mundo me venceram! O futuro deve ser construído com coragem e determinação e o passado deve ser deixado para trás, são os sentimentos humanos que desvirtuam a consciência do caminho da vida, ao invés da consciência ir atrás do espírito de Deus, ela vai atrás da vida que construiu neste mundo, não suportou o novo e foi atrás do velho. Sansão também não percebeu que o espírito havia o deixado, mas agora está bom, voltou para as origens, a estátua de sal permanece até hoje como um símbolo da desobediência a Deus.

O caminho da vida deve ser seguido com fé no Senhor, ficar firme como que vendo o invisível como Moisés. Eu nem tenho o que falar diante de uma consciência que volta ao seu próprio vômito, mostra que não chegou a nenhuma verdade ainda, voltou a ter prazer nas pessoas deste mundo. Consciências assim não servem para o meu convívio, ela abandonou o que um dia chamou de Pai, voltou para aquilo que havia abominado. Eu, porém, sigo em frente e não olho para trás, fico triste, não por mim, mas pela própria pessoa que olhou para trás.

 

Por Zeca

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