A consciência ligada à matéria, se decompõe junto a ela, só que com um detalhe peculiar, passará uma eternidade se lamentando, pelas suas crises existenciais que só com a sabedoria de Deus poderia estar sanando. A carne é um verme que pode lentamente corroer a consciência, singelamente ela se apresenta, e com sutileza se assenta, oferece uma gama de possibilidades e desejos, porque é uma especialista nos seus ensejos, “aproveite a vida, pois ela é única”, este é um dos seus bordões mais preferidos, e quando as coisas não saem do seu jeito, a frustração muda a expressão do sujeito, fora ainda que ela provoca vários outros tipos de sentimentos, e qualquer consciência que se dá a eles, estende as mãos aos seus tormentos. Não era para nenhuma consciência pela carne se apaixonar, pois as paixões infames só tende da verdade te afastar. Já foi nos dado um caminho, para que com o raciocínio pudéssemos trilhar, nele não há necessidade de levar nenhum tipo de bagagem, mas é preciso coragem para o desvendar, esse caminho é o espírito que nos dá a vida, pois só por ele podemos nos alinhar, eliminando todo tipo de maldade, crueldade e podridão, para então nos tornarmos verdadeiros irmãos, irmãos que lutam pela mesma causa, a qual Deus é o Senhor quem nos guia no meio do deserto, onde há tempestades, ventos que sopram crueldades debaixo de um sol escaldante e uma gélida noite, no intuito de herdarmos a terra prometida e colhermos os frutos transformados e com a mesma característica a qual todos terão o sabor da vida.

Por Lauro Balbino

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