Quando as partes se completam de forma compreensiva, absorvida e absolvida, quando a união é tão desejada que se torna em liberdade. Uma junção perfeita, o espelhar da vida a unidade eleita, casamento que não se finda. É a alma e o espírito feito o espelhar do céu no mar, verdadeira obra prima a conjugação do verbo amar. Foi assim que a mão de Deus arquitetou todo este universo, na intenção de manifestar-se selou a criação humana e todo o seu complexo para que o produto desta criação, a consciência, metamorfoseasse e assim transpassaria deste plano material para o plano espiritual eternizando-se com a sua porção a qual nos presenteou, esta vida que bate os nossos corações a mesma que desde o ventre nos formou. É o braço do Senhor a todo tempo estendido a nós, querendo nos levar a outro plano para que não fiquemos ao relento e nem jogados ao engano. Ele é o sol que aquece o nosso coração, é o sangue que corre por nossas veias, veio a nós para nos dar libertação, é a fagulha que nos incendeia, é o tráfego que nos faz chegar ao céu, é a porta que se abre à eternidade, por ele rasgamos o véu e enxergamos de fato a verdade. É a luz que guia nossos pés que nos faz caminhar na estrada da paz, é a resposta que a alma satisfaz, o complemento que faz toda a diferença, o condimento que tempera o nosso coração. O amor simétrico da nossa alma é o espírito que nos dá a vida, a nossa simetria.

Por Patrícia Campos