A carne é uma existência efêmera, e ela quer sempre aparecer, se colocar à frente, quer estar em evidência, mostrar ser melhor que outra, que está bem, mas tudo na aparência, pois no íntimo de cada um, lá dentro da consciência, a carne provoca frustrações e a deixa sempre num estado ruim, se sentindo vazia, pois a carne é morta em si mesma, e sem a existência do espírito, que é a nossa vida, a carne não vale de nada.

Estamos dentro do propósito de Deus, o qual é simples, mas grandioso, Deus nos criou na carne por causa da consciência que produzimos como criação, a consciência é um manifestador de existência, e é a consciência também que pensa, raciocina, forma as ideias, pondera, decide e age por qual existência quiser. Temos apenas duas existências, a existência material e a existência espiritual, a carne é morta em si mesma, mas o espírito tem vida própria, a nossa consciência se faz um campo fértil para gerar o espírito de Deus dentro dela, pois só pelo espírito daremos continuidade a razão da nossa existência, mas para isso a consciência precisa inseminar o espírito de Deus dentro dela, conscientizando-o, pensando, raciocinando, formando as ideias, ponderando e agindo por ele, só assim a consciência gesta o espírito de Deus dentro dela para nascer na próxima e definitiva fase da vida, que é a fase espiritual, e isso não se trata de aparecer, mas sim de ser, de se transformar em um novo ser, o ser espiritual.

Quando uma consciência quer muito se aparecer, se colocar acima de tudo e de todos, é porque ela é carnal, pois o espírito é simples, e ele é o que é, não precisa se aparecer neste mundo, até porque aqui ele não é visível aos olhos humanos, mas ele reflete por toda consciência pura que o inseminou e está o gerando. E é sempre neste sentido que devemos andar seguindo e obedecendo o espírito em que nos habita e nos transformarmos de fato e de verdade neste ser que será o nosso corpo eterno, o corpo eterno das nossas consciências, um corpo com vida própria que só nos traz paz, felicidade, harmonia, e tudo de bom que uma consciência possa sentir no mais profundo âmago de sua alma.

Por Kátia

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