Não se trata apenas de saber quem é, mas de saber também como é, como pensa, se o que pensa faz bem a si, porque por muitas vezes alimentamos pensamentos que não são bons e isto brota no coração e ramifica de uma forma distorcida causando mal a nós mesmos. Claro que é importante sabermos o que somos e como somos, seria o ponto de partida para uma transformação, porque é necessário se transformar, não podemos ficar apenas no rascunho de nós mesmos, temos a chance e o poder do transformar, de crescer, de nos ampliarmos de diversas formas positivas. Fomos criados do pó e a vida foi nos concedida para que houvesse a produção da consciência, não somos a existência, somos a consciência e isso é auto descobrir-se, é se ver de verdade, saber que não somos este corpo mortal já é um avanço dentro do entendimento, ninguém reflete isto, ninguém se auto reflete, seria como um espelho refletir a si mesmo, por isso não há o auto descobrimento. A consciência armazena infinitas informações e guarda cada detalhe ao longo da sua caminhada, detalhes que por muitas vezes ficam enraizados de forma errada dentro deste campo consciência e isso não é bom. A consciência é um complexo e é nela que se passa tudo, é nela que se pode refletir o que realmente somos, como somos, o que pensamos e como agimos. A consciência é quem acerta e quem erra, é ela que ama ou odeia, é ela que acolhe ou despreza, e é por ela que se aprende ou se prende. A questão do auto descobrimento não se trata apenas de saber que somos a consciência, mas também de saber como é a nossa consciência, de como a alimentamos, de como a desbravamos, de como desejamos conhecermos a nós mesmos de fato para que a nossa transformação aconteça, porque é através da consciência que conseguimos atravessar o caminho da vida, nos metamorfoseando no novo ser, o ser eterno, o ser de Deus.
Por Patrícia Campos