Casulo: de lagarta à borboleta! XII

Nós estamos dentro do propósito de Deus e sabemos que neste propósito há três fases: espermatozóide, ser humano e ser espiritual, já passamos uma metamorfose no inconsciente, onde nos transformamos de espermatozóide a ser humano, esta troca de ser não sentimos, pois não tínhamos consciência, esta foi uma fase da vida que passamos e nascemos neste mundo, agora já na fase de ser humano conforme fomos crescendo e produzindo a consciência, esta que dá sentido a todas as coisas que continuará depois da morte da carne, indo para o céu ou para o inferno, pois hoje, nessa fase de ser humano a nossa consciência precisa passar pela metamorfose existencial em vida, deixar de ser carnal e passar a ser espiritual, não é uma troca superficial, é uma estrutura morta que deve vir abaixo para reconstruir um novo império, a Jerusalém dos eternos, a Jerusalém que edificará sobre ela o reino de Deus, o santuário dos santos, onde dentro dela transitará a vida, mas como dito, é um transmutar radical, porque nada acontece somente pelas palavras, mas são pelas ações internas, onde é visto e sentido todo processo da morte para a vida, é um gigante que temos que vencer dia após dia, é um touro bravo que precisamos domar para que tudo se encaixe no lugar certo, colocando o animal para fora da casa, pois o Santo não convive no mesmo lar com o profano, por isso a purificação das nossas consciências deve realmente acontecer, lavar a nossa boca para que Deus fale por ela, limpar os pés para que Deus nos guie, queimar nossos pensamentos ruins para que Deus sinta um cheiro suave e que de nossas bocas não saiam defesas, desrespeito, imoralidade contra o nosso Senhor, palavras espinhosas que machucam e ferem a dignidade do Senhor, pois o Senhor é valoroso demais para agirmos assim tão rebeldes e insanos, o Senhor é o corpo eterno de nossas consciências, como ainda somos assim tão inconsequentes? Não são com loucuras carnais que surgirão os frutos da paz e do amor, mas é o mortificar de si mesmo que brotará o renovo, pois é das entranhas da alma que a beleza da vida nasce, sem o solo para rastejar, mas com asas para voar entre o céu dos céus, onde o ar é puro e natural.

Por Maria Lúcia