Cenário de águas vivas

No infinito cenário bem que poderia ocorrer as histórias vivas da vida, história vívida, história eterna. No infinito cenário bem que poderia deixar o fictício para trás, deixar de se enganar e viver mesmo a realidade, deixar de contracenar pelo que se vai, pelo o que não terá para sempre, pelo que se tem hoje, mas perderá amanhã, deixar de atuar pelo engano e deixar aparecer a verdade, não! Não vale a pena viver assim com o rio nas mãos e não saber aproveitar o frescor da água para se limpar, se banhar, se purificar, o que está adiantando mergulhar, mergulhar, mergulhar e continuar podre nos pensamentos, nos atos e no falar? Do que adianta o transbordar do coração para os outros se para si fecha as portas? As águas do céu tem caído na terra, mas será que a terra tem absorvido as águas? A água é cristalina, é vida, é pura, é ferro para a alma, é vivificante, pois a palavra vivifica a alma, mata o veneno e traz a tona toda a verdade, veste o que antes era nu, embeleza a face com tudo que há de mais simples e natural, quando degustada a mesma arranca do peito todo egoísmo, toda hipocrisia, toda falsidade e lá do interior da alma um novo caráter se mostra, um ser com uma nova índole, não mais pegajoso, mas livre, liberto. A palavra faz qualquer cenário florescer e viver, basta querer ressuscitar no espírito de Deus e sair do vale dos mortos, do vale das sombras e ser luz junto com os justos de Deus, mas é preciso querer muito a vida eterna, deseja-la em primeiro lugar, pois caso contrário viverá com medo das aves que voam pelo céu e aqui se findará, com a boca seca e com a língua para fora, olhará para cima em busca de alguém para água lhe dar, mas não achará, pois o ciclo fechou suas portas e perdeste o rio que corria por suas mãos, tornará um cenário árduo e seco, pois desviaste do caminho do Senhor.

Por Maria Lucia 

Tema sugerido por Milena