Quando uma consciência não faz alguma coisa porque ela não quer, isto é liberdade, mas quando ela não faz pela força da lei, ela não é livre, mas presa pela lei. Um cachorro amarrado não é livre, mas ele só vai até onde a corda alcança, assim são as consciências amarradas pela lei. Paulo disse que uma mulher casada está ligada ao marido pela lei, de sorte que ela será adúltera se for de outro marido, mas morto o marido, ela estará livre da lei do marido, de sorte que ela não será mais adúltera se for de outro marido. Assim são as consciências ligadas a carne, estão presas a carne pela lei da carne, mas morta a carne, ela estará livre da lei da carne, podendo ser do espírito. Por isso Paulo disse que o fim da lei é Cristo, isto é, quando a consciência mata a carne dentro dela, estará livre da lei da carne para andar pelo espírito, mas enquanto a carne estiver de pé na consciência o espírito de Deus não se estabelece nela. Enquanto uma consciência andar pela lei, é porque ela está presa a carne, mas morta a carne ela estará livre da lei.
Quem não é cachorro e quer andar como cachorro, tem que cumprir a lei do cachorro, mas o cachorro não anda pela lei de cachorro, mas anda naturalmente como cachorro, pois ele é cachorro. Pelo propósito de Deus a nossa consciência deve se desligar da carne e se ligar no espírito, mas enquanto a consciência estiver ligada a carne, estará desligada do espírito e este é o processo que deve ocorrer dentro da consciência, uma metamorfose existencial, onde ela está se desligando da carne e se ligando no espírito e se a consciência não passar por esta metamorfose existencial interna dentro dela, simplesmente cairá no vazio eterno sem volta. Se a carne prender a tua consciência, não deixando ela livre para o espírito, ela perderá a vida eterna dele. Ser livre é poder andar por uma existência com vida eterna, pois uma existência que é provisória a tua consciência só vai até onde a existência morre.
Nós vemos que todas as consciências são presas a carne e atrofiadas no entendimento, isto é, não raciocinam, não sabem o porquê existem, não sabem o que produzem como criação e muito menos como dá prosseguimento a vida. Como uma consciência pode dizer que é livre se ela é presa pela morte da carne? Paulo disse que o último inimigo a ser aniquilado é a morte e para aniquilarmos a morte das nossas consciências devemos nos desligar da carne, porque é ela que morre, mas enquanto a consciência estiver ligada a carne por qualquer motivo estará presa a morte. A minha consciência já ultrapassou esta barreira da morte, pois ela já se desligou do que morre. E a tua consciência ainda está presa a carne?
Por O teu espírito diz