Nós, consciências, já iniciamos a nossa trajetória nesse mundo pela dita cuja, e tudo que vem em primeiro lugar é da carne, e isso porque a consciência foi produzida pela carne, agora chegou a hora da colheita para o proveito eterno do espírito, está tudo nas mãos da consciência e a própria deve conscientizar esse espírito e passar a andar por ele, criando assim um envolvimento, uma relação, um vínculo de amor verdadeiro, pois é na intimidade e fidelidade que nasce o sentimento. Sentimento que preenche toda a alma, transmite liberdade, paz e acalma, para que cheguemos a clareza total do discernimento das coisas. É a consciência que deve enxergar todas as coisas, pois é ela que pensa, raciocina, forma ideias e age, tudo está nas mãos dela e só ela pode prosseguir com a vida do espírito, não existe a possibilidade de um terceiro atrapalhar esta relação, na realidade já está tudo montado dentro de cada um e ninguém pode pôr as mãos, só depende de cada consciência.
Por isso a consciência deve fazer a avaliação do que é melhor para ela, pois aparentemente a carne pode trazer algum tipo de conforto a ela, porém chegará a hora em que a carne voltará ao pó como era e se desvencilhará da consciência, e caso ela não esteja envolvida com o espírito, ficará sozinha. Fomos presenteados com a vida, mas enquanto carne seus ponteiros são findáveis, chegou o momento de abraçar a sabedoria e sair para desbravar os mares, conhecer as suas ondas, e aquelas que antes te davam medo, hoje você as conhece e sabe seu caminho para não se afogar, mas também, quem anda ao lado do dono do mar jamais terá medo das ondas, pois Ele conhece suas profundezas e nos conduz por sua luz, o espírito que nos habita. Não há o que temer e nem com o que nos preocupar, pode tudo estar desmoronando e vindo ao chão, mas quem está firmado na rocha, no Senhor, jamais se abala com tempestade alguma, pois uma consciência que se deixa vencer pela carne é uma consciência sem firmamento algum, qualquer coisa a faz desmoronar, agora uma consciência firmada em Deus, pode balançar o que for, mas sempre permanecerá em pé. Eis então, a necessidade de permanecermos como atalaias de nossas próprias consciências, de espada em punho, vestidos com a couraça da justiça, guardados para a glória Daquele de quem somos, o qual seremos!
Por todos os irmãos