Uma folha em branco para redigir aquilo que está no hadal da alma, quem conseguiria dizer de si mesmo, com sinceridade de um coração aberto? As letras parecem não serem legíveis, talvez porque o próprio coração não consegue se ler. Mesmo que você escreva tudo aquilo que sente nem sempre consegue se compreender, nesse expressar a si mesmo. Como querer que o outro lhe entenda se você mesmo não consegue se entender? É preciso se conhecer de verdade e ajustar os pensamentos deixando-os claros, brancos, límpidos, para que a organização se faça presente e você possa se compreender de verdade. Que tal pegar uma nova folha em branco e começar de novo, com letras redondas, legíveis para que possa ser compreendido por todos, não que você seja especial, mas é necessário se expor de forma limpa, honesta, porque um bom espelho, espelha o que é brando. Coloque suas cartas na mesa e não jogue, apenas mostre-as para que todos possam ver que o seu coringa é a vida. Não blefa para você mesmo, com o coração não se brinca, mas se brinda pela conquista da liberdade. Sua auto leitura deve ser lida até mesmo por uma criança que acabou de aprender a ler. Bem dizia o ditado que para quem sabe ler até um pingo é letra, e tudo têm nos ensinado a sermos transparentes assim como as gotas que descem do céu e regam a terra. O coração pulsa e sinaliza a vida, é por ele que descobrimos todos os sentimentos, a nossa alma é o coração de Deus, não há como deixa-lo adoecer, antes temos que ter o maior zelo e cuidado por este, pois ele é o núcleo santo onde mora o amor e se o amor é a compreensão então devemos primeiramente compreender a nós mesmos para que possamos ter o mínimo de discernimento de toda esta grandeza a qual estamos dentro.
Por Patrícia Campos