Eternidade

O tempo está passando, a juventude está te deixando, as forças já não são mais as mesmas, a solitude bate à sua porta, mas é você que decide se a convida para tomar um chá e conversar sobre todas as coisas colocadas à mesa, sendo que entre elas a eternidade começa a se destacar por sua franqueza, a razão também é posta à mesa e entra com a sua questão sobre a minha função, pois foi aí que olhei para a eternidade que já está a minha frente e me perguntei: como entrarei nela então? Uma ampulheta também estava posta à mesa e eu a vi se mexer, ela nunca ficava na mesma posição, e também nunca perdia a somatória de seus grãos. A vida e a morte também estavam presentes, mas a morte é impaciente e ficava mostrando e polindo os dentes.

O tempo corre depressa e nem o vemos passar, quem se perde neste tempo não consegue ao menos raciocinar, pois tudo daqui quer nos levar para baixo para que fiquemos rastejando sem poder notar a grandeza que está posta a nossa frente. A eternidade é silenciosa, mas logo ela baterá em nossa porta, mais cedo ou mais tarde tudo se acaba e a vida é ceifada, e onde que nos encontraremos do outro lado do portal? Esta pergunta temos que saber a resposta, e ela tem que ser direta, pois o caminho que andamos hoje é o que determinará o nosso destino, vida eterna ou uma tragédia, o vazio eterno. Para todos, o ciclo jovial passa e com ele carregamos muitas marcas, tanto de vitórias quanto de derrotas, mas tem uma grande diferença entre quem está lutando e quem se entrega e só vive em prantos, se lamentando pela trajetória. Ninguém nos disse que seria fácil atravessar o deserto, mas quem decide a favor da vida e abdica o que é vão com certeza terá seu galardão na eternidade a frente, é só suportar tudo e perseverar, resguardar sua alma para que Cristo venha nela habitar.

 

 

Somando as luzes

Lauro e Ítalo