Eu lírico

O eu lírico não expressa os próprios sentimentos, mas através da poesia expressa os sentimentos dos outros ou até mesmo de um personagem fictício. Normalmente o eu lírico expressa um sentimento de tragédia, como a dança do cisne ou do Romeu e Julieta. A intenção do eu lírico é envolver o público numa história emocionante como que cada um se visse dentro da própria história, o caminho do gólgota, por exemplo, que Jesus passou, o apedrejamento de Estevão que não negou o seu Senhor, cada um quer se sentir como se ele fosse o protagonista da história, pois é muito lindo morrer e não negar o Senhor, mas isto só na ficção, porque na realidade se diz: você não chegou nem até o sangue e já voltou atrás.

O caminho da vida é muito lindo para os outros, mas quando é para você passar por ele não consegue, por isso os religiosos dizem que Jesus já passou por eles dizendo que Jesus já morreu pelos pecados deles e que eles não precisam passar por este caminho e é isto que estes ”eus líricos” líderes religiosos, querem passar este sentimento para pôr as mãos no seu dinheiro. Por isso tenho uma canção que diz: “é só me pagar que ele vai te levar”; mas quando a verdade de Deus diz: a tua consciência deve eliminar a carne de dentro dela, você prefere seguir a mentira.

O que mais estes líderes religiosos fazem é envolver as suas vítimas nas histórias emocionantes da bíblia, como se eles estivessem com a verdade, mas a história não é dele, que leva uma vida confortável dentro de suas mansões com o dinheiro tirado dos fiéis que se emocionaram com suas histórias. Paulo disse que estes não suportarão as palavras da sã doutrina, mas tendo comichões em seus ouvidos para ouvirem coisas agradáveis cercar-vos-ão de falsos mestres, mas a realidade da vida é outra, nós sabemos que por trás de toda história tem uma verdade e temos que conhecer esta verdade para poder julgarmos os fatos. Tem uma afirmação que diz que um cidadão é o fruto do meio em que ele vive, eu montei uma história fictícia com o título de “ZOINHO”, nesta história quero retratar que o Zoinho não teve escolha pelo que a vida lhe ofereceu, ele foi rejeitado pela sociedade de forma cruel e ninguém queria estar na pele dele.

É bonito ouvir histórias e se emocionar com elas, mas ninguém quer estar na pele de quem viveu a história. Eu sempre disse para as pessoas, já pensou a tua consciência dizer como a consciência de Jesus que disse a Deus: eu glorifiquei-te na terra tendo concluído a obra que me destes a fazer, qual consciência você conhece que pode dizer isto? Eu não conheço nenhuma, matar gigantes, passar pela fornalha, dormir com leões, passar pelo caminho do gólgota, virar as costas para este mundo, matar o próprio filho. Não, eu não conheço, só conheço consciências que se emocionam com estas histórias e se sentem dentro delas.

 

Por Zeca

Tema Lucinha