Fidelidade ao Senhor

As juras foram feitas em cima do altar, trocadas promessas eternas, solidificadas pelas cores que vieram com a luz da manhã, dando vida a tela que por muito estivera cinza. Deveras precioso, todo este cenário, desde a donzela com toda sua virtude até o Senhor, que aguardou tanto por este momento, e diante tantas palavras trocadas, uma cravou esta aliança no coração da alma, fidelidade, dar e ser apenas do Anjo que tanto quer, pois ele lhe quer, da cabeça aos pés, sem interferência, sem véu, apenas a verdade, o que realmente é. Este é o casamento eterno, as juras proferidas pelo infinito, nada quebra, nada separa, nem mesmo a morte encerra este ciclo, pois é para além, além de tudo, além deste mundo tão ínfimo, nada equipara, nada iguala, o amor da alma e do espírito, a compreensão de serem um, um corpo vivo, com a cabeça de Cristo. Honrar este casamento para haver honra, não há perdão para tropeços, ninguém obriga sua voz proferir promessas, mas depois de dize-las é preciso doar-se, não ser mais quem era, porém um renovo a espera, longe da dor, da mácula, da escuridão, ao lado do amor, da liberdade, da mansidão, ao lado da vida, tendo-a como parte de si, vivendo nos abraços celestes, proferindo a paz em cada cântico, e a poesia resvala de suas mãos e se expande em cada canto, em todo campo, e se liquidifica em pranto, para quem quiser sentir poder tocar as águas que escorrem por sua tez, e tocam outros corações, para que também conheçam o Senhor que os habitam, e que espera, um dia, que suas almas também prometam cada juramento escritos em seus papéis, e em cima do altar divino se entreguem, sendo uma alma e um Espírito.

 

Por Luiza

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