A esperança sempre esteve acesa
Batendo constantemente em sua porta
Ela insistia em te convidar
Para que juntos pudessem andar
Um fio invisível de esperança
Que seu coração notou
Talvez fosse a única chama
Que seu peito até palpitou
Será que ainda tenho a chance
Para tudo poder reverter?
Os tempos não são de calmaria
Mas meu mar, posso conter
A esperança é a última que morre
Dizia um ditado claro e popular
Mas quando se joga a toalha
Não tem como dali em diante andar
Se antecipar a sua sentença
O que será do seu coração?
Quebrado como espelho
Ficará perdido em meio a ilusão
Se o tempo te destrói
Se as lembranças te corroem
Se tudo foi muito atroz
Não seja contigo algoz
Porque se martirizar por dentro?
Se te causa aflições e tormentos
Que te prendem neste tempo
Que é curto, limitado e efêmero
Se a esperança ainda continua
Lute pelo ideal que enxerga
Não se curve diante do inimigo
E nem aos seus pés dê trégua
Faça valer a pena sua luta
Porque uma hora tudo acabará
Os ponteiros nunca param
Então coloque-se a caminhar
Por Ítalo Reis
Tema sugerido por Michele



