O amor esfriou de tal maneira que até para dialogar racionalmente é difícil, pois a correria do dia a dia mantém sem freios os corações, é uma loucura estressante que maltrata e aprisiona a mente que impede que a razão bata na porta para a mesma se ver livre do dissabor e peso que carrega nos ombros, o peso do pecado, da frustração, o peso de não saber amar ou até mesmo de não conhece-lo, o peso de viver errante, de viver perdido, de procurar sem saber o que está procurando, de viver de achismo e se sentir mais e mais vazio e longe da verdade de Deus, de perambular atrás da paz, da calmaria e nunca encontrar, o peso de achar que está bem, mas na verdade está tudo ruim, pois a tristeza vai e vem e nada preenche o coração, o peso de lutar uma guerra que já está perdida, o peso da dor que dói, dói e corrói a alma, o peso de uma lágrima que rola sem destino, sem saber o porque dela cair, sem saber o sentimento e o seu significado, o peso da solidão, da ausência de si, do reconhecimento do próprio espelho, do elo que continua perdido, da razão que não enxerga, do poder desconhecido, da vida que não contempla. Há muitos corações insensíveis que não abrem os ouvidos para a compreensão do propósito de Deus, pois é como Deus disse: que pela falta de entendimento o povo se afastou Dele, e se não há raciocínio não pode se chegar a verdade, não enxergará a sabedoria e o tolo continuará tolo se frustrando com seus enganos e se afogando na insensibilidade do próprio coração!
Por Maria Lúcia
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