Lisonja que derruba

As palavras são como espadas

Que penetram o profundo do coração

Elas podem gerar frutos da paz

Ou também os males da ilusão

 

Tudo depende do ângulo

Aonde a visão se amplia

Muitos não compreendem as palavras

E por elas muitas vezes são feridas

 

O peso da incompreensão

Traz grande peso sobre os ombros

Que dilacera os membros

E lhe causam muitos danos

 

Sussurros que ecoam

Palavras que fazem brilhar

Tecem um véu de ilusão

Que ninguém pode carregar

 

A lisonja ergue sua mão

Mas seus braços são frágeis

Não sustém o coração

E abatido, se sente amargurado

 

Quem nela se apoia

Cai do próprio pedestal

Deixando o orgulho mudo

O silêncio ensurdece os ouvidos trazendo dano fatal

 

A lisonja derruba os pés

Daquele que não sabe andar

De quem não aprendeu a ser simples

E nunca seu conceito entenderá

 

Não espere palavras de fora

Para que possa se alegrar

As tenha cravada no peito

E pratique em silêncio sem ninguém te notar

 

Por Ítalo Reis