O coração não mente, mesmo com um sorriso bordado na tez, o coração não mente, se quer saber a verdade cale tudo de uma vez, escute seu consciente, inconsciente. Esquecemos que temos raízes, e que acima da terra é apenas a superfície, lá no fundo, abissal, submundo, encontra-se, e ali, permanece, o erro, o pecado, o medo, cortou, podou, insistiu, mas sempre volta a nascer, pois se esquece, na verdade não hão de ser as pétalas, mas as raízes, o que se prendeu a si como um só, como se fosse teu, e que lá no fundo, a isso, se submeteu. O erro permanece, quando deixa ele se arraigar, o erro permanece, quando apenas aceita sua derrota e o deixa se aprofundar, permanece, quando se cala, se cega e evita pensar, pois se esconde ou quer se esconder, esconder-se dos céus, da terra, esconder-se do mundo, de si mesmo, tem medo do que vai encontrar, do reflexo que encontrará. Não adianta fugir, ninguém consegue escapar, o erro permanece enquanto se esconder, e permanecerá se não ceder, quer guardar a sete chaves cada sentimento mesquinho, pois se apegou ao pó e aos seus espinhos. Não era para ser assim, o pecado escancarado a cada esquina, triste será cada fim, traçado a mão, escrito com a própria caneta. O erro permaneceu, o breu se alimentou, a escuridão tomou posse do que era seu, e o tempo acabou.
Por Luiza
Tema Paty


