Na maioria das vezes só precisamos de nós mesmos e do silêncio, de olhar para o horizonte e admirar suas formas, de imaginar tocando as nuvens e mergulhando em seus desenhos, nem precisamos de muito, apenas o pouco que temos em mente, de saber que a grandiosidade tocou o pincel para deixar seus traços, que andou pelos campos para deixar seus rastros, e que deu vida a tela para poder bailar por seus laços. Como ouvi de uma voz encantada, tudo isto é refrescante e refresca a alma, esse sentimento leve, sútil como pena, quase breve, mas ao se agarrar pode ser eterno, terno, como o sorrir de uma criança, e certo, como o prevalecer da esperança. A saída desta correria, desta melancolia, a chave da ruína, aliança que eterniza, sela as juras em seu coração, colore a tarde cinza, intensifica cada toque e sensação, tornando-se alma sensível, e cada som que emite os céus arrepia o solo. Quão belo é toda trajetória, e cada passo dado um novo sentimento que enriquece o quadro e traz vida a história, por mais que ninguém enxerga, tudo isto já nos cerca, em cada canto, em cada lado, nos cerca dentro e nos rodeia por fora, tudo já está aqui, só é preciso desencadear este laço, girar a chave do entendimento, abrir os olhos para a simplicidade dos dias, e saber apreciar a imensidão que estamos e que presenciamos todos os dias, às vezes só não consegue enxergar.
Por Luiza