“A palavra “calabouço” tem origem no latim vulgar “calafodium” e, por evolução semântica, passou a ser associada a prisões subterrâneas “masmorra”, possivelmente porque os prisioneiros eram confinados em espaços abaixo do nível do solo. É um local escuro, subterrâneo e usado como prisão. É também, no sentido figurado, um estado de confinamento, escuridão espiritual ou sofrimento.” Eu, consciência, sou um calabouço trancado “com a chave por dentro” e para abri-lo, preciso vencer-me. Entender, que não é possível apenas escalar as paredes que eu mesma ergui, e sim derrubá-las, para que nada, absolutamente nada se interponha entre mim e a luz de Cristo, o senhor, pois somente por e através dela a escuridão cessará. Guardo em mim, a certeza de que tudo será restaurado, cada recôndito de minh’alma, e que alcançarei a plenitude. Sim, tenho “esta esperança como âncora de minha alma!” Meu calabouço continua um calabouço! Porém, já não há mais lama à cobrir meus pés, cuja qual dantes denunciavam meus passos, muitas das quinquilharias foram jogadas fora, e o senhor, o espírito santo, tem entrado nele com frequência, não como visita, mas como senhorio, até que chegue o tempo de fazer morada, e nisso já não serei calabouço, mas alma!

Por Lo Xavier

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