A solidão em alguns casos é encarada como uma sensação, que ocorre na consciência, causada até mesmo por uma situação de perda, afastamento ou isolado de um meio social, mas em outro caso a solidão é o estado que a própria consciência vai enfrentar eternamente por não fazer caso do espírito da vida, pois estamos dentro de um grandioso propósito, elaborado por Deus e criado por Suas mãos a todas as consciências, e fora deste propósito só há o vazio, onde a solidão vai oferecer a consciência um estado melancólico de profunda tristeza. Não é uma questão de por medo, mas a verdade é que estamos realmente dentro de um propósito que funciona, onde a carne é este corpo material e imortal que vemos, o espírito é o que dá vida a todo este sistema, e o resgatador das nossas consciências, a ilusão começa quando a própria consciência não se depara com a vida do espírito que já está dentro de cada um, a vida fala em silêncio, pois a sua linguagem é a do entendimento, seria para todos ouvirem e falar nessa linguagem, mas a ilusão isolou a verdade, a solidão criou o medo e até de ouvir as batidas que a ação da vida faz pelo coração traz essa sensação, mas isso que acontece é a colheita dos frutos da não compreensão, pois quando a solitude lhe trouxe um momento de autorreflexão, você não fez muito caso e se entreteu com a ilusão, o silêncio fazia de tudo para avisar que a razão estava na porta querendo entrar para conversar, mas a agitação da solidão não deixou ele se pronunciar, a solitude não conseguiu se comunicar, pois a consciência estava com seus olhos em outro lugar. Dizem que o silêncio é o estado de quem se cala ou se priva voluntariamente de falar, mas no caso do espírito até o último dia ele faz de tudo para nos alertar, mas se a consciência de antemão escolher a sua sentença sem no mínimo lutar, a solidão também será sua companhia, se tornará uma casa vazia e terá momento de querer conversar de coisas grandiosas e contemplar até mesmo a bela Aurora, mas disto, não será mais capaz.

Por Lauro Balbino

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