No silêncio a alma chora e ali pode ser choro de incertezas, de fraquezas, de indecisões, mas também pode ser choro de alívio que pode confortar o próprio coração. O silêncio nos ensina muito quando ouvimos a nós mesmos, quando silenciamos as vozes externas e realmente nos voltamos para dentro e nos compreendemos, porque os fortes choram em silêncio, e ali os seus sentimentos se espalham. O fator principal é termos noção do caminho que estamos enfrentando, e colocar na balança se vale a pena, pois todo suor no final tem uma recompensa, e aqui estamos falando de uma vida inteiramente eterna sem cessar, por isso que devemos estar cientes que temos que lutar, porque não basta somente desejar, mas fazer por onde para alcançar.
O silêncio pode ser desolador, devastador para quem não compreende seus sentimentos, pois é aí que os devaneios se encarregam de colocar a alma no chão, e como sustenta-la para que prossiga sem carregar o receio? As dúvidas geram esse fruto de inquietação, agitação, tormento, por isso não é bom carregá-lo em seus ombros porque te enferruja por dentro, assim como o tempo, ele danifica os órgãos mais vitais que temos, pois imagina atrofiar e não poder mais enxergar e muito menos andar. Isto acontece para quem não se atenta, pois se acomodar traz duras consequências que a própria consciência não consegue suportar. O silêncio chora sem ninguém perceber, ele clama sozinho, mas quem pode lhe atender?
O silêncio chora no vácuo do espaço e entre palavras, onde o som emitido vem do próprio coração que às vezes palpita forte, mas ele quer silenciar e esconder o que há por trás. Um choro contido, com sussurros leves, lágrimas que por vezes trazem apavoro e com eles os ecos que se perdem dentro dos pensamentos vagos. Pode haver dor na alma, o grito do desespero, pois o silêncio nos traz falas que por vezes afogam a alma, e quem lhe ouve? Quem pode lhe sentir? Descubra isto porque o silêncio chora dentro de cada um, mas ele quer nos ensinar de uma forma simples a sorrir.
Por Ítalo reis
Tema Lucinha


