Quedas imperceptíveis, mas visíveis, o infinito que lhe cabe pode ser incrível, porém condena coração volúvel. Onde se encontra teu olhar? Assoalho por pouco estremece, e seu corpo diz, mas sua mente se cala, nas ondas da vida se perde, e sua muralha se desarma, o tempo não canta neste lugar, pode ser belo como também pode se afogar, tudo é questão de onde está seu olhar, se o brio que lhe invade for vida, e o infinito que se encontra luz, o infinito terá glória, entretanto se as trevas acompanham a inércia em que adormece, seus sonhos tornarão-se pesadelos, e sua fraqueza estará pulsando sua retina. Teto de vidro se estilhaça com os ponteiros, não aguenta o peso de sua imensidão, se não liberdade, naufragará sendo veleiro, é preciso saber a diretriz para não imergir, caso contrário, fácil é de se perder de si, deixando seus passos soltos, mas aprisionados pela eternidade. Ter olhar infinito, firmamento em íris, mas no infinito, lhe engole e amarga em absinto, uma guerra que só vê quem é, manter aliança nos céus, sendo espada para si, deixar que suba a maré, até levar a dor que escondem seus olhos. Acorde, para que não viva um pesadelo, sua história é vazia sem um conto verdadeiro, a brisa guia aqueles que a têm, transformando covardes em guerreiros, e aqueles que muito lutaram e desistiram não há tempo de sentir a perda, os corpos são deixados quando caem, ninguém vai parar a guerra pelas amarguras de seu coração, siga o infinito, mas não sua escuridão, o céu guia o peito infindo, mas solta as rédeas de quem escolhe a ilusão. Onde está? Será que poderia ficar? Segurei as mãos celestes, e nelas devo me firmar, como o sopro do vento que ditou o leme, era a própria imensidão, querendo um pouco de silêncio para poder falar.
Por Luiza Campos
Tema sugerido por Milena