O tempo parou de correr
A ampulheta cessou
Seus olhos não perceberam
E onde foi que parou?
Ficaram somente as lembranças
E com elas tamanha tristeza
Amargurado sem esperança
Sem eira e nem beira
Seus pés descarrilharam da vida
E nunca mais se encontraram
O tempo foi seu pior inimigo
Seu opressor e seu bandido
Entre tantas idas e vindas
A esperança batia em sua porta
Mas você não a convidou para entrar
E para ela trancava a porta
O tempo se fechou de vez
A chuva parou de molhar
Seu campo não floresceu
E vejo a tristeza em seu olhar
O tempo é muito fugaz
E não traz recompensas
Ele é adiado em qualquer hora
E logo vem a sua sentença
Não fique esperando o tempo passar
Porque ele te fará refém
Mude seu conceito de enxergar
Pois assim voará muito além
A vida aponta a direção
Onde podemos chegar
Ela está fincada no coração
E no brilho do seu olhar
Por Ítalo Reis
Tema sugerido por Rozivane