Passos no silêncio

Não há som, mas se ouve, passos silenciosos que externam pelas mãos. Não há como ficar mudo diante um caminho de liberdade onde as renúncias falam alto e o amor canta sua melodia. No silêncio que se apega a solitude e põe suas vozes roucas a gritar por liberdade. Quem pode me ouvir? Eu mesma preciso me ouvir, ouvir meus passos carregados de esperança os quais um dia estiveram cansados dos meus medos e fracassos. Só não posso deixar de seguir, seguir a luz que são as lâmpadas para os meus pés assim como disse um poeta que se eternizou em vida. Dar passos em silêncio não significa que estes não serão vistos ou ouvidos, mas apenas estar em quietude de boca e em movimento para a conquista, porque não há uma maneira de silenciar a grandeza de mortificar-se na intenção de vivificar àquele que te chama pelo nome para ser manifestado no seu campo alma afim de te colocar em elevação contínua para que a sua alma seja plena em sabedoria e paz. Não tem valor as águas que não transformam, que não transportam consigo a vida, o que importa é caminhar com direção destinada a enriquecer-se de tudo àquilo que o dinheiro não compra. Os passos podem ser silenciosos, mas precisam trazer consigo a determinação de um vitorioso. O silêncio pode dizer muitas coisas quando se aliam as ações benéficas para a alma, e não podemos silenciar a voz da liberdade que clama por nossas almas continuamente. Que andemos sóbrios, que possamos compreender em silêncio, mas anunciar toda a verdade que carregamos no peito, e que vivamos por ela para que nossos passos possam servir de exemplos de um coração que reconhece seu valor e caminha para a vida que nos foi presenteada por Deus.

 

Patrícia Campos