A balança não engana
E justo aponta seu fiel
Fez da carne rainha soberana
Findou-se os dias como réu
Encurvada perambulava
Em meio ao sereno da noite
Enquanto a alma embriagada
Aumentava seus próprios açoites
Uma vereda sombria
Distante do prumo da razão
Sem a luz exuberante da sabedoria
Tropeçava seus pés na escuridão
Ombros caídos
Na face o medo estampado
Círculo vicioso, grande labirinto
Acompanhada pelo peso do pecado
A vida tem seu destino
Vereda traçada pelo Criador
Caminho mapeado no imo
Serenidade e paz do Senhor
Um jugo suave e leve
Para quem trilha seus rastros
Nessa passagem terrena e breve
Deixando o coração casto
Mas a realidade é dolorida e crua
Consciência sem a vívida existência
Sem o espírito, a alma torna-se nua
Perdida no tempo, sem referência
Ombros caídos
Na face o medo estampado
Círculo vicioso, grande labirinto
Acompanhada pelo peso do pecado
Por Michele
Tema sugerido por Kátia