Porta do amor

Abram os olhos que a compreensão escorre de suas celas, abram as portas que o amor foi colhido da terra, calem as loucuras, as vozes isoladas, as quimeras, ouçam a sinfonia viva, que se expande em ondas infinitas. Abram as janelas, os portões, apaguem as velas, que o sol nasce ao longe, mas em um instante estará em sua casa, lumiando o caminho, renascendo mais uma vez, falando em tom de passarinho, contornando em tela sua nova tez. A porta do saber, do entender, do compreender, a porta que passamos quando enxergamos, mas que nos abre a diretriz para o amor, para a grandiosidade do sentir, agir e determinar, esta é a história de novos dias, novas cores, novas melodias, este é o conto e canto dos céus, que ditou muito antes de seu choro expandir pelo mundo, este é o leme que seu navio devia pegar, a direção das estrelas, das nuvens carregadas de pureza. O momento que transpõe do entendimento e adentra o praticar, um momento de dor, de metamorfosear, mas renasce como borboleta, e agora poderá voar, a liberdade nas asas e a alegria nos olhos, uma mudança que vive, que transforma, brotos de paz que transmigram para uma nova aurora. O coração aquieta, o medo se esvai, a confusão se acerta, e a ampulheta não escorre mais, eternizou-se em ponteiros infinitos, vive em tons líricos, o sentimento aflorou em suas retinas, coloriu sua íris e enxergou a aliança em suas mãos, transformou-se em arco-íris e entende a imensidão, agora és liberto, pois abriu as portas de seu coração.

 

Por Luiza Campos

 

Tema sugerido por Lucinha

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