Nasci neste mundo pela carne, cresci e produzi a minha consciência, e naturalmente esta consciência se identificou com a carne, mas de repente a minha consciência se deparou com o propósito de Deus, porque vi que na carne vou morrer, e Deus já me assentou a porção do seu espírito pela vida. O espírito também é uma existência só que ele atua em um outro plano, o plano espiritual, e pelo propósito de Deus para eu dar continuidade a vida, a minha consciência deve se desligar da carne que a produziu e se ligar neste espírito pela vida eterna dela, trata-se de um novo corpo, e a partir do momento que a minha consciência enxergou isto, comecei o processo de me desligar da carne e me ligar no espírito, passei a ter duas identidades dentro do processo, como João, o batista, disse: que de agora em diante o espírito cresça por minha consciência e que a carne diminua. A minha consciência ficou meio que desgovernada por ela estar trocando de ser, onde estou deixando o governo carnal e assumindo o governo espiritual como Isaías disse: na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra que te enfadas será desamparada dos seus dois reis, até que saiba rejeitar o mal, que é a carne, e absorver o bem, que é o espírito. A consciência fica desgovernada, uma hora age pelo espírito, outra hora age pela carne, realmente é um período que passamos sem governo, pois a consciência não sabe se obedece a carne ou se obedece o espírito. Há uma luta dentro de mim, a carne luta contra o espírito e o espírito contra a carne, essa luta é para tomar posse da consciência que antes era governada pela carne. Mas depois que eu descobri o propósito de Deus, a minha consciência viu que a vida eterna dela está no espírito e vejo que se ela continuar na carne cairá no vazio eterno, a consciência fica realmente um tempo desgovernada, mas Paulo disse que se a consciência for governada pelo espírito, ela não cumpre mais com os desejos carnais. É uma briga interna, a carne quer uma coisa, o espírito quer outra e a consciência fica meio que perdida, mas se ela quiser realmente a vida eterna dela, deve dizer não a carne. Agora a minha busca é me identificar com esse espírito que habita em mim, pois vejo que ele é a minha vida verdadeira e eterna, e a minha paz com Deus está nesse espírito que Ele me assentou. É lógico que a carne tem as necessidades dela como criação, mas a partir de então, a ligação que a minha consciência deve ter com a carne é só a de função, mas a minha vida não pode estar mais nela e sim no espírito de Deus, e quando este processo se concluir em mim, daí sim a minha consciência trocou de identidade, como se diz de Jesus: ele riscou a cédula que nos identificava e nos colocou uma nova identidade, isto é, ele riscou a carne que o identificava e colocou a nova identidade que é o espírito, e assim ele assumiu a pessoa do espírito literalmente, e assim como ele fez devemos fazer o mesmo, deixar a carne e assumir o espírito na primeira pessoa, agir por ele, viver por ele, manifesta-lo e nascer no céu pelo espírito. Essa é a identidade que quero por toda eternidade, a identidade do espírito, do meu ser eterno.
Por Vani
Tema pedido por Jeane