Quando os pés caminham com os ouvidos

Quando uma boca bendita faz chover e o amor penetra a alma, os olhos inundam por fora e o coração fica mergulhado na paz. É a água que desce do céu trazendo a calmaria, que quando sentida faz os pés caminharem com os ouvidos em sinônimo de compreensão. O coração que consegue ser sensível se emaranha com a sabedoria, reconhece em si a vida a ponto de transpor-se de planos. É um pontilhado sem fim, pontos que te ligam ao infinito de vida. Não é algo tão facilmente explicado porque precisa ser traçado pelos próprios pés, ouvido pelos próprios ouvidos, visto pelos próprios olhos, sentido pelo próprio coração. É algo que transcende os sentidos humanos os quais servem de sombras para àquilo que devemos sentir pelo o que é imortal, este sim tem valor inestimável e duradouro, sem contagem de dias, que não conhece o tempo. Quando os pés caminham com os ouvidos é como se o espelho mostrasse de fato o que realmente se enxerga, uma estrada em linha reta, sem curvas ou agruras somente a verdade sendo seguida e logo em seguida a vida, eterna, infinda. Mas é preciso ter um ouvido absoluto onde se ouve cada sussurro ditado pelo Autor da vida para que seus pés não saiam da trilha que nos leva ao paraíso seguido do sobrenome Cristo o qual é gerado no imo daquele que ganha os sentidos quando vivido pelo espírito, sentidos vívidos pelos sensíveis ouvidos.

E é assim que os pés alcançam a eternidade, seguindo os ouvidos sensíveis que buscam vitória na vida, que não se desviam da sina dantes estabelecida pelo Autor da vida, passos que transformam o ser, que ensinam de fato viver que mostram o que é vencer e não lhe põem a perder.

 

Por Patrícia Campos