Quando uma consciência começa a buscar respostas sem perguntas, ela entra em depressão, não sabe nem o porquê do estado em que se encontra, o vazio da alma dói mais que o vazio da fome, a angústia seca mais do que a garganta dos sedentos. Na verdade, a consciência não sabe nem o que buscar, mas só sabe que dói muito e só sedando a carne a dor alivia, não sara, mas alivia. É como uma faca entalada no peito, um nó na garganta, sal nos olhos, um dedo na ferida, o ardor do enxofre. Muitas chegam ao suicídio da carne, ela é a impostora, o mal da consciência, nela está toda a ira de Deus, a serpente do jardim. Por isso se diz que a mulher a pisaria na cabeça e ela feria o calcanhar da mulher, é o tempo todo esta víbora enganando as consciências com seus desejos e as consciências insanas sempre caem no golpe desta serpente, vão cair no vazio eterno por isso e não tem como alertá-las disso.

Elas mesmas se entregam as luxúrias desta maldita, são desejos insaciáveis que não se pode conter, bem que em apocalipse diz que a carne se assentou no lugar de Deus, querendo parecer Deus e tomaria as rédeas na mão e guiaria as consciências por onde quisesse. Na verdade, não é a carne que guia a consciência, mas é a própria consciência que se deixa levar pelos desejos carnais e o grande problema é que a consciência não consegue dizer não para a carne, mesmo sabendo que vai enfrentar uma eternidade no vazio depois que a carne morrer. A carne vai usufruir da consciência só enquanto o espírito a vivificar, mas quando o espírito voltar a Deus, a carne voltará ao pó e a consciência se perderá no vazio eterno. Uma triste sina para quem um dia foi soberana e tinha a vida em suas mãos e o poder da decisão, agora aí, sem a carne e sem o espírito vagando pelo nada, foi atrás da coisa errada e não se deu conta do que fez.

Hoje a vida eterna da consciência estaria tão fácil, bastaria ela eliminar a carne e assumir o espírito por pessoa, mas quem diz que ela consegue eliminar a carne, a carne a conduz como quer, assim como o espírito conduziu a consciência de Abraão. O espírito disse assim a consciência de Abraão: sai da tua terra, do meio da tua parentela, do teu povo e vai para uma terra que eu te mostrarei. E a resposta de Abraão ao espírito foi: partiu Abraão como o Senhor lhe dissera. Mas hoje vemos a carne dizer o mesmo para a consciência: sai da tua terra, do meio da tua parentela, do teu povo e vai para uma terra desconhecida. A resposta da consciência para a carne: abaixa a cabeça, faz as malas e vai para onde a carne determinou. Virou uma estátua de sal, como a mulher de Ló, voltou ao seu povo, como Orfa, trocou o filho de Deus por dinheiro como Judas, fez tudo o contrário do que deveria fazer. Depois vai chorar para quem, vai se arrepender do que, as escolhas foram suas, a decisão também. Não era para não atravessar a rua sem antes consultar ao Senhor, você não quer ouvir o que o teu Senhor tem a dizer a respeito. Senhor, nós falamos em teu nome, profetizamos em teu nome e pregamos o teu evangelho e ele te dirá: para trás de mim malfeitores eu nunca vos conheci!

Por O teu espírito diz